Um sonho de natal - o melhor presente de natal da minha vida
Autor: Glefferson
Minha infância foi basicamente molecagem. Brincar no mato, pegar
bicho, andar dentro de valetas, açudes e riozinhos, bicicleta, subir (e cair)
de árvores, quebrar vidro dos vizinhos com mamonas... Isso quando eu não
decidia pegar rabeira nos trens! XD
E quando não estava na rua fazendo uma arte pior que a outra,
gastava tardes inteiras lendo enciclopédias, atlas, desenhando muito (muito
mesmo!), inclusive meus próprios gibis que eu mesmo fazia o caderninho com
sulfites e desenhava à mão. Tem um até em homenagem a Super Mario, onde eu
mesmo tenho uma aventura em Mushroom Kingdom. Se eu criar coragem um dia eu
digitalizo e posto aqui. Quer saber como essa história continua? Então clica ai em CONTINUE LENDO...
E quando não estava desenhando e deslumbrando nas páginas dos livros as
maravilhas do mundo, da Natureza e do Espaço, sonhava brincando de Jurassic
Park com meus milhões de dinossaurinhos de brinquedo, esparramados pelos vasos
de flor e outras ornamentais da minha avó, embaixo de árvores por cima dos
muros, pelas pilhas de tijolos... E eu montava o Jurassic Park com tudo, com cerquinhas,
vastos gramados de musgo que eu buscava do outro lado do bairro embaixo de
ponte e em beira de rodovia, museu de tijolo furado, trailers, carros
quebrados, monotrilhos...
Tudo isso era muito bom e eu amava fazer. Mas tinha uma coisa que
às vezes superava tudo isso junto. Tinha uma coisa que me deixava com saudades,
que me fazia ficar pensando e sonhando dia após noite. Era algo que eu podia
aproveitar somente uma ou outra vez na semana, e isso quando dava. O Super Nintendo,
a coisa mais incrível que eu já tinha visto na minha vida até então!
Imagem aleatória de uma caixa muito louca =D |
Foi aos meus 09 anos, em 1996, que tive meu primeiro contato
direto com um SNES, com qual jogo? Simplesmente com um dos maiores de todos os
tempos: Super Mario World.
E essa descoberta foi através de uma locadora de videogames que tinha no meu
bairro, a lendária Estação
Games. Lá só tinha SNES, um paraíso para o nosso amigo de óculos 3D,
hehehe!
Quando ia lá, era escondido, arriscando o couro e quase sempre
acontecia o óbvio: era descoberto! E aí eu era levado na base da bordoada pela
rua até em casa, que distava umas boas quadras, para acabar de apanhar em casa,
com varas de cedro, chinelo, cinta e o que tivesse pela frente, hahahaha!
Não estava nem aí: dia seguinte mesmo, ou pouco depois lá estava,
eu feliz da vida, jogando Super Mario. Ah, sim: Durante minha infância eu era
fã absoluto de Mario. Quando eu ia à locadora, era sempre o cartucho de número
26, Super Mario All
Stars + Super Mario World.
De tanto que eu gostava de jogar, muitas vezes ficava irritado por
não poder jogar no dia. E parecia que todo mundo tinha SNES! Menos eu. Eu
lembro até hoje a propaganda do Magazine Luíza, do SNES à R$ 249,90 com Super Mario World. E eu
sonhava em ter um. Era o que eu mais queria.
Como eu estava apaixonado por Super Mario, aprendi a desenhá-lo,
fazia bonecos de papel, frotas e mais frotas de bonecos de papel... E fiz uma
coisa que nunca vi até hoje fã nenhum fazer: gastei uma caixa inteira de folhas
de formulário para impressoras matriciais desenhando fases de Super Mario. Aí
cheguei a ter um desenho com quase 10 m de comprimento! XD
Tanta paixão assim logo trazia a problemas. A minha mãe, acho que
cansada de tanto me buscar na locadora, decidiu que providenciaria um videogame
para mim. Era julho de 1998 quando ela falou à frase que nunca vou esquecer:
"Se você passar de ano e parar de quebrar vidro dos vizinhos, te dou um videogame"
Eu fiquei tão feliz!! Eu teria meu próprio videogame!! Como sempre fui "CDF" na escola, a primeira parte estava garantida. Só a segunda que seria difícil de cumprir... XD
E tamanha novidade me fez a cabeça: logo tinha espalhado para todo mundo: toda a turma da escola, da rua, vizinhos, o dono da lanchonete do bairro, do mercado, para as professoras... E para minha madrinha, querida tia do interior, que fiz uma carta caprichada, à mão, e mandei para ela. Sim, e-mail físico, contando a novidade.
Vinte dias depois eu recebi a resposta dela: ela me parabenizou e disse que eu ficasse tranquilo, pois ela mesma me daria o videogame!!
Sonho??? Agora era certeza que eu ia ter um videogame de um jeito ou de outro!
Quem não gostou muito foi minha mãe: ela estava desde julho vendo
em uma loja de importar um videogame que não tinha por aqui ainda, era novidade
completa e "muito melhor que os outros", pela sua tecnologia: um PlayStation. Aí ela teve que
cancelar o pedido e ficou até brava com minha madrinha por "tomar a vez
dela".
Como tudo que eu tinha era aquela carta para acreditar na promessa, eu nem estava esperando muito no natal, que sempre passava na casa da minha madrinha. Desde que cheguei de viagem em sua casa, 03 dias antes do natal, ela nada falou sobre videogame, presentes, nem nada.
Então veio a noite de natal. Então os meus primos começaram a abrir seus presentes. E eu abri o meu: uma camiseta. E só. Como eu tinha sido meio arteiro aquele ano, imaginei que seria só aquilo mesmo. Mas aí meu padrinho, marido da minha madrinha, depois que todos os meus primos abriram seus presentes, tirou uma pesada caixa embrulhada de vermelho de detrás da árvore de natal. E me deu. Eu achei que, pelo volume, seria um jogo de cama de desenho animado, que era moda dar naquela época para as crianças. Mas quando rasguei o embrulho... Dois olhos azuis e um bigode preto apareceram...
ERA UM SUPER NINTENDO!!
Um SNES Baby, novidade na época e o primeiro da cidade! Eu quase explodi de tanta emoção, ao melhor estilo "Nintendo Sixty Fooooooooooooour", hahahaha!
Meus primos já tinham os deles, e só faltava eu ter um. Mas mesmo assim ficaram morrendo de inveja, pois o meu era menor e mais bonito que os deles, já bem detonados e encardidos.
E assim, em 25 de dezembro de 1998, realizei meu grande sonho de ter um videogame, que tinha que ser um SNES de qualquer forma, e tinha que ser "jogo do Mario".
Meu SNES Baby
Este é meu SNES Baby, com mouse que
comprei com Mario Paint muitos anos depois. Ele está comigo até hoje, o
videogame número 01 da minha coleção!
Experiências nostálgicas de final de ano: De volta a infância
Autor: Gustavo
Sou novo aqui no blog, e estou muito contente em estar
participando desta corrente. Meu nome é Gustavo, e vou partilhar minha história
com vocês.
Eu, particularmente, não tive muita relação com o Natal e games,
mas sim com o Ano Novo.
Tenho o costume (ou praticamente um tradição) na passagem do ano
de jogar no meu Mega Drive,
podendo ser jogo que já tenha fechado ou um novo (melhor ainda).
Assim passaram-se anos, e continuo com a mesma ideia. O mais
marcante foi no ano novo de 2000 (tinha 10 anos), onde passei jogando um dos
melhores jogos de Mega Drive no meu cartucho de gala 6-Pak (só têm clássicos!): Golden Axe.
Ali foi que começou tudo, principalmente por ter a único meio de
diversão, e por ter um desafio de fechar o modo duelo do game, que na época,
não tinha conseguido fechar.
E naquela barulheira em casa, eu estava concentrado no game, e
depois de muita luta e apelação contra os chefes.
O meu trauma foi e ainda são os malditos esqueletos. Realmente
eles são bem apelões, e não tem como não esquecer esses filhos da mãe! Mas a
vibração mostra que os games tem sim um certo lado encorajador, de nunca
desistir do que gosta, pois a recompensa na frente é muito gratificante. E
assim fui lutando até chegar nos chefes, e aí com concentração, onde ganha-se
mais um benefício que me ajudou em outras atividades, como em estudar, consegui
fechar este magnífico game.
Não consigo esquecer esse momento, pois foi ali onde descobri que
os games nos faz muito bem.
Outro momento marcante foi quando meus pais alugavam um SNES em
épocas como férias e outras ocasiões especiais. E assim, mais à frente no
tempo, no Natal, eles alugaram um SNES com os cartuchos de Megaman X, Alladin e Goof
Troop. Esse dia realmente foi louco também XD!
Quem não queria dois consoles em seus lares! Como eram apenas 3
dias com o SNES, eu aproveitei ao máximo, conseguindo fechar o Alladin apenas,
já que não tinha noção da dificuldade de Megaman X e Goof Troop. Nessa época
acho que tinha uns 14 anos, mas que foram bem aproveitados, e ver também
colegas jogando era melhor ainda. Bons tempos!
Portanto, não sei o motivo, mas realmente isso me faz relembrar os
tempos de criança; nos faz refletir como essa época era magnífica, sem
preocupações e muito tempo de fechar aquele jogo difícil sem uso de nada para
ajudar.
Talvez porque eu tenha como o videogame um entretenimento que me
fez crescer em vários aspectos, principalmente didáticos.
Por isso, eu compartilho isso e quem sabe, outros tenham essa
mesma sensação que tive, e ver que o videogame representa um alívio frente a
vida real que nos deixa cada vez entristecidos, pois fugir dela faz pensar como
podemos mudar algo no mundo. E assim, termino esse breve texto, que, apesar de
poucas experiências nessa época do ano, mas foram suficientes para marcá-las em
minha mente. Até mais e boas festas \o/.
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Aí sim mais duas histórias muito boas pra acrescentar....
ResponderExcluirE Glefferson tu era terrível heim.... kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ótimas histórias manolos =D
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