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24 de outubro de 2025

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Emerald Dragon no SNES é um cartucho fazendo o que o CD não conseguiu?


Você costuma jogar um mesmo RPG duas vezes em seguida? Tirando os que possuem um New Game+ é bem raro de eu rejogar um RPG no geral. Ainda mais em seguida. 

Mas o que aconteceu aqui foi mais pela curiosidade e intuito de comparar experiências, afinal, estamos lidando com o mesmo jogo em versões de consoles diferentes, bom clica ai em CONTINUE LENDO e vamos ver como ficou a versão de Super Nintendo

Pra quem não está entendendo direito o que eu fiz aqui, meu artigo anterior é sobre Emerald Dragon também, mas na versão para PC Engine, lá eu prometi que jogaria a versão de SNES pra fazer um comparativo e é justamente isso que eu estou trazendo aqui.

Não leu o artigo sobre o jogo no PC Engine? Clique AQUI e confira, depois volte aqui para ler e entender melhor. 


Caixa do jogo

Vamos do começo então. Emerald Dragon é um RPG que foi lançado originalmente em 1989 para o NEC-PC88, um computador extremamente popular no Japão, ele foi desenvolvido por uma empresa chamada Glodia e foi portado para outros computadores japoneses como o MSX e o Sharp X68000 mas a primeira versão em consoles foi a do PC Engine em 1994. Essa versão não era basicamente um port mas uma espécie de remake, trazendo algumas mudanças na jogabilidade, visual, trilha sonora e na história. 

Em 1995 uma versão pro Super Nintendo foi lançada, essa foi produzida pela Alpha System e publicada pela Media Works. Exclusiva do mercado japonês, essa versão é adaptada da versão do PC Engine então ela carrega vários elementos de lá, porém ela tem muitas diferenças, e foi por isso que eu decidi jogar ela logo em seguida. 


Parte de trás da caixa
A história é basicamente a mesma, Ishbarne é amaldiçoada no passado, os dragões vão viver em outra dimensão, o barco e a menina resgatada… essa base se mantém desde o original de 1989. Mas a versão de SNES fez diversas mudanças na história no decorrer do jogo. Tem várias alterações em eventos importantes, a maioria eu achei horrível, não deveriam ter mexido nisso, mas algumas mudanças foram perfeitas, especialmente no que toca os eventos finais do jogo. 

Eu não diria que isso estraga a experiência com o jogo de forma alguma, até porque se eu não conhecesse a história original eu nem mesmo poderia comparar. Podemos dizer que é uma releitura, nem sempre nos agradamos com tudo. 

Algumas mudanças se deram por conta de censura, partes relacionadas à mortes mais pesadas, até alguns diálogos mudaram um pouco. É compreensível já que a política de conteúdo da Nintendo é diferente da NEC, embora a Nintendo japonesa fosse mais leniente que a americana na época. 

Tela de título
Agora vamos entrar na jogabilidade… os controles são a primeira parada. Aproveitando que o controle do SNES tem mais botões que o padrão do PC Engine, o jogo tratou de distribuir melhor as funções de cada botão. O direcional segue sendo o padrão de sempre, movimentos para os personagens e selecionar opções nos menus (isso nunca vai mudar), o A confirma escolhas e o B cancela. Para acessar o menu de campo e o de batalha agora temos o botão X, o Y não faz nada, bem como o SELECT que tinha um menu só dele no PC Engine. START só na tela inicial pra começar. L serve para conversar entre os membros e R para ver o mapa de Ishbarne. 
No começo eu estranhei os controles, não que seja problema, mas jogar uma versão e acostumar com controles e atalhos e jogar outra com diferenças logo em seguida faz isso. Acho que não é só eu que quando termina um jogo e vai jogar outro parecido logo em seguida dá uma confundida nos controles quando tem diferenças né? Kkkkkkkkkkk 

O menu foi todo refeito e ficou muito melhor
O menu do jogo foi bastante mudado. Agora temos um menu mais próximo do padrão dos RPGs da época, com uma tela dedicada e várias mudanças interessantes. 
A primeira melhoria é podermos ver o quanto temos de dinheiro assim que abrimos o menu, algo que só era exibido na tela de status de algum personagem. A lista dos personagens na party ainda é exibida, mas agora podemos ver o LV dos personagens além do Atrushan e da Tamryn, embora eles ainda não subam de LV ganhando EXP. 
A primeira opção do menu é para ver os status de um personagem da party. Embora o visual seja diferente do que tínhamos no PC Engine, a função é bem a mesma. Só ver os status do personagem. 
A próxima opção é a de conversar entre os membros da party presentes. É exatamente a mesma coisa que já tínhamos na versão de PC Engine e que aqui podemos fazer com o botão L. Continua sendo uma função útil para quando nos perdemos e ainda temos os diálogos bem humorados da outra versão. 

Usando itens

A opção de itens é a próxima. Aqui temos uma das melhorias que valem a pena. Removeram a limitação de itens por personagem, agora temos um menu unificado e todos os itens ficam aqui, até porque sejamos sinceros, se só temos controle do Atrushan, para que os outros personagens carregam itens? O menu de itens é dividido em duas categorias, a primeira é a Tools que é onde estão os itens de cura e equipamentos, aquilo que compramos nas lojas aparecerá nessa lista. A segunda opção nomeada como Item é onde temos uma lista dos itens de quest. Tudo o que podemos fazer aqui é ler a descrição da maioria deles, o uso é sempre ligado a eventos e é feito automaticamente. Com a mudança no sistema de itens, os depósitos foram removidos do jogo já que não temos mais limite para carregar itens. 
A próxima opção é para equipar os seus personagens, outra maravilhosa melhoria em relação ao menu do PC Engine mas um cadinho diferente do padrão dos jogos mais convencionais. Não escolhemos um personagem para equipar diretamente cada peça de equipamento. Aqui temos uma lista dos equipamentos na esquerda da tela e na direita os personagens da party. Aí vamos movendo o cursor pelos equipamentos disponíveis e uma pequena seta para cima ou para baixo indica o aumento ou redução dos atributos do personagem cujo equipamento é compatível. Um pouco confuso no começo mas é mais eficiente do que na versão de PC Engine. 

Mapa de Ishbarne na versão de SNES
A próxima opção é mostrar o mapa, a mesma coisa que podemos fazer ao apertar o botão R no campo. E aqui temos o primeiro downgrade que o jogo sofreu com relação à versão de PC Engine. O único mapa que podemos ver é o de Ishbarne no geral, não temos mais mapas das dungeons e como tem algumas mudanças no campo esse mapa fica ainda mais inútil. A única coisa meio útil que ele tem é mostrar um ponto indicando onde ir para avançar, mas mesmo sem ele daríamos um jeito com um mapa melhor. 

A opção de configuração é a próxima. Aqui temos algumas coisas pra ajustar e algumas funções que eram da opção Party no PC Engine foram movidas pra cá. A primeira coisa que temos aqui é a velocidade do texto, sempre no mais rápido possível, ou você quer ficar vendo caracteres se arrastando na tela? Kkkkkkkkkk. Também temos a opção de mudar a velocidade de movimento no campo, também pro mais rápido heim. A opção de ordenar a party pra hora da luta também está aqui, bem como a de formação em campo de batalha, existem mudanças no desafio então recomendo usar mais que no PC Engine essas funções. Por fim temos mais duas opções, uma que muda o fundo do menu para personalizar um pouco e outra para ajustar o som entre Mono e Stereo. 

E a última opção do menu é aquela que é muito útil. O diário. Aqui você pode salvar o seu progresso ou carregar um jogo previamente salvo. Assim como na outra versão, o save é liberado em todo lugar no campo, salvo um único ponto na história. Esquece de salvar não heim, fica a dica. 


Enfim, o menu de campo foi uma das melhores evoluções entre o PC Engine e o SNES. Ter um menu mais próximo do que vemos em RPGs mais famosos facilita a experiência e sinceridade, tudo ficou bem mais organizado. Isso pra mim é sempre bom. Alguns itens foram renomeados para ficar mais fácil de entender o uso deles mesmo sem uma descrição, embora o jogo exiba uma nos menus. 


Agora temos um mapa como nos RPGs mais populares

Vamos agora falar da experiência com o campo. A fórmula RPG padrão segue, não garanto que eu vá falar de um jogo que muda isso tão cedo por aqui. E sabe o que também se mantém? Os dois defeitos que eu reclamei no PC Engine… Kkkkkkkkkkkkk. Os caras me quebram… não suporto a lógica de conversar e revistar as coisas só de encostar nelas, pow, tem um botão A para confirmar, ele poderia ser o botão de ação como em praticamente todo RPG bom… e continuamos odiando essa história de personagens que mudam de direção quando encostam na parede. Para com isso véi… ao Menos mantiveram o movimento em 8 direções, andar na diagonal é sempre bom. 

A nossa aventura ainda começa em Draguria

As grandes áreas se foram, agora temos um mapa múndi e as cidades e outros locais são pequenos até entrarmos nelas, assim como a imensa maioria dos RPGs da época. Se locomover de um lugar pro outro não ficou mais fácil nem difícil, mas o mapa não é de grande ajuda, ele não mostra os pontos de interesse exceto sua localização atual e o ponto para onde ir para avançar. Se você for fazer alguma side quest já vai se perder.
Essa foi uma das mudanças que eu mais odiei no jogo. Não é ruim de fato, mas um dos pontos que eu achei legal lá no PC Engine eram as grandes áreas abertas. Fora que o mapa se tornou algo bem inútil aqui já que não temos mais acesso à ele nas dungeons. 
Por falar em dungeons tivemos outras mudanças aqui. A grande maioria delas foi drasticamente reduzida no tamanho, os labirintos deixaram de existir praticamente. Algumas dungeons foram removidas do jogo ou se fundiram com outra. Sem acesso aos mapas acho que foi uma boa decisão, imagina ter um labirinto e se perder o tempo todo. 
Dentre todas as mudanças do jogo eu diria que as do campo foram as que menos me agradaram, tentaram aproximar o jogo dos RPGs mais populares e esqueceram que um diferenciais do jogo estava no mapa ou na forma como os lugares eram dispostos, no desafio dos lugares que eram verdadeiros labirintos. 

Os combates mantém a essência mas a IA...

Os combates também passaram por mudanças. Talvez não tantas, mas algumas coisas mudaram. A base é a mesma, vamos estar na parte de baixo do campo na formação que definimos lá no menu de campo e vamos atacar na ordem que escolhemos. Ainda ganhamos EXP e Pulse no final das lutas e somente o Atrushan e a Tamryn sobem de LV como era antes. Inclusive a regra de game over também permanece. 
A primeira mudança notável é que os pontos de ação que apareciam junto do personagem agora são representados por uma barra no topo da tela, a função é a mesma, só muda a forma de mostrar. Também temos uma representação da área que podemos andar no nosso turno com o Atrushan, um quadrado mais claro no campo representa isso. Ele vai diminuindo à medida que gastamos nossos pontos de ação. 
Outra mudança é em relação ao layout, a essência segue sendo a mesma. Temos as informações nossas exibidas no lado esquerdo mas a janela de informações virou história, dados como dano, quantidade curada de HP entre outras agora são exibidas com números em cima do personagem na hora da ocorrência, o que é bem padrão nos RPGs. 
No menu de combate as mesmas funções que já estavam lá permanecem. Temos uma mudança de nome, a opção Pass virou Defend, a função é a mesma, o Atrushan vai passar o turno e ficar na defensiva. Usar item é a mesma coisa, assim como dar ordens segue sendo inútil já que não te obedecem kkkkkkkkkkkkkkkkkk 
Fugir dos combates ficou mais fácil em relação ao PC Engine. A taxa de sucesso está bem maior, mas eu sigo não recomendando a fuga, as batalhas ainda te recompensam muito bem pra ficar fugindo. 

Manual destacando o DRAGON CHANGE

Agora sim, uma novidade única da versão de SNES. A opção dragon no menu de batalha. Ao selecionar essa opção o Atrushan vai remover a proteção e retornar à sua forma de dragão. Vai fazer um ataque bem forte que atinge todos os inimigos em uma área e vai voltar para a forma humana. A mecânica batizada de Dragon Change requer que o Atrushan esteja com 80% do HP total, e após o ataque ele irá ficar com cerca de 15% do HP. É um ataque útil para chefes mas deve ser bem planejado antes de usar porque se o Atrushan morrer é game over. À medida que vamos avançando no jogo teremos mais formas para o Dragon Change, elas estarão ligadas com itens que você encontra ao longo da jornada. E o legal é que essa mecânica faz total sentido dentro da lore do jogo, dragões não podem viver em Ishbarne, quando o Atrushan tira a proteção que ele usa, ele sofre com os efeitos da maldição, por isso a perda de HP tão drástica. Eu já conhecia a mecânica de ver meu amigo jogando em live, até estranhei quando vi que não tinha isso no PC Engine. 
No final das contas os combates estão praticamente iguais, tem um defeito que eu vou mencionar daqui a pouco, mas a quantidade de acertos foi maior. Não removeram nada que prejudicasse a experiência e a adição do Dragon Change foi ótima. 

Não é tão difícil sobreviver no jogo
Por fim vamos ver o desafio, a dificuldade não mudou muito. Temos um RPG com desafio mediano, nem parece um RPG dos anos 80. Progredir continua fácil já que conversando entre os personagens temos dicas, também temos o mapa indicando onde ir embora não seja muito útil. O encounter rate aumentou consideravelmente, tem horas que até irrita mas isso é justificado já que as dungeons estão muito menores. 
Não vamos sofrer tanto no começo quanto era no PC Engine quando estávamos sozinhos sem nenhum membro adicional na party. Nos combates a dificuldade aumentou mas não porque os inimigos estão fortes e sim porque a IA dos seus personagens tá péssima, eles são notavelmente mais burros. A Tamryn fica spammando magia de buff, os demais vão atacar quem eles não precisam atacar e o pior de tudo são os usuários de arco que andam e desperdiçam pontos de ação. Com esse modo mais burro de agir dos personagens alguns combates vão durar mais. Os desafios da arena ficaram bem mais difíceis do que no PC Engine, botaram inimigos bem avançados no jogo logo de início. As side quests foram completamente removidas, o que é péssimo. Eram histórias legais e excelentes recompensas. Mas o jogo adicionou duas side quests únicas dele, uma é bem fácil de fazer e a outra vai te dar raiva, ainda mais se você não gosta de minigames. 

Os cassinos agora não tem tigrinho e nem dragãozinho...
temos coelhinhas...
No final das contas a jogabilidade numa visão geral melhorou muita coisa, algumas eu realmente não ligava outras eu achei bem vindas. Se for pra recomendar uma versão só considerando os aspectos do gameplay é fácil fácil a versão de SNES. Não que a de PC Engine seja ruim, é que temos que reconhecer quando melhorias pontuais são feitas. 

Visualmente o jogo é bem bonito

Agora é a hora de ver como os gráficos estão. A parte visual também passou por muitas mudanças. Umas boas, outras nem tanto. Então vamos começar pelo campo. Um belo de um upgrade aconteceu aqui, os cenários são infinitamente mais detalhados, até o chão ganhou muito mais detalhes. O único defeito é a escolha de cores talvez. O jogo no PC Engine tinha cores mais vivas, mais vibrantes no campo, o SNES embarcou na onda do cinza e marrom mais do que o necessário. 
O mapa que substituiu as grandes áreas talvez seja a parte mais simples visualmente, não é ruim, até faz algo que eu sempre digo que é a marca registrada dos RPGs do SNES que é ser exibido com Mode 7 para simular 3D. 
Os sprites dos personagens e NPCs são facilmente o melhor upgrade gráfico, eu tinha mencionado que no PC Engine víamos algo além do ciclo de caminhada padrão né? Então… os caras dobraram a aposta aqui, temos muito mais animações diferentes para os nossos personagens e também para os NPCs, algo que eu achei sensacional. Muitos RPGs famosos não têm metade do que colocaram em termos de poses e animações de sprites que temos aqui. 

Os combates foram a maior evolução visual

E os upgrades não param por aqui, nos combates a primeira coisa que você nota é que sem aquela janela horrenda temos muito mais espaço de tela para a luta em si. Cenários mais caprichados também embora continuem sendo um papel sem relevo. Toda a HUD faz uso de efeitos de transparência o que deixa o visual ainda melhor. Personagens e inimigos também são maiores que no PC Engine, e com mais animação também, agora temos animação de ataque, vamos ver o Atrushan balançando a espada. As magias então, um SENHOR upgrade visual. Efeitos visuais muito mais convincentes. E quando a luta termina temos uma pose de vitória para cada personagem. 

Ainda temos boas artes mas não o bastante

Mas nem tudo são upgrades nessa vida, não é? Algo teria que ser cortado quando se troca um CD-ROM de no mínimo 600MB por um cartucho de 16 Mbit (2MB) e obviamente o que foi cortado foram as cenas animadas, embora eu comece a entender porque as dungeons também foram encurtadas. Ainda temos algumas imagens grandes dos personagens em determinados momentos, elas não são feias, eu até gostaria de ter visto mais delas. Talvez com um cartucho um pouco maior… uns 24 Mbit talvez… aí teríamos as cenas completas porém estáticas? Difícil saber… Só sei que o que temos no jogo tem um defeito grave, colocaram sangue verde nas poucas cenas que tem sangue, ridículo pra não dizer outras coisas. 
Mas se não temos cenas animadas, como o jogo fez pra mostrar os momentos em que uma era exibida desde os tempos do PC88? Simples, mais sprites diferentes, lindos diga-se de passagem. As cenas são todas representadas com os gráficos do jogo e muito bem representadas. É claro que eu prefiro as cenas animadas do PC Engine, mas caramba como eu adorei ver algumas delas feitas com sprites. Algumas cenas onde vemos dragões mostram até sprites grandes, algo legal de ver nos jogos de RPG. Outras cenas aproveitam para exibir uma imagem estática tirada das cenas do PC Engine para aumentar o impacto.

Cenas animadas no PC Engine são feitas com 
sprites no SNES... ficou bom...

Finalizando com os gráficos eu diria que ganhamos mais do que perdemos. Os gráficos tiveram uma imensa melhora em relação ao PC Engine, especialmente nos combates que eram o ponto mais feio lá. Eu só diria que faltou um pouco mais de cor nos cenários. Perder as cenas animadas foi triste, ao menos pra mim, elas sempre foram meio que uma identidade de RPGs vindos dos NEC-PCs, mas o mal do cartucho era a falta de espaço. Armazenamento era muito caro na época. 

Super Mario Bros 3?

Entrando na questão sonora vamos ter mais uma vez uma experiência mista com upgrades e downgrades. Som digital com qualidade de CD pode esquecer, não cabe no cartucho. Mesmo assim a trilha sonora é praticamente a mesma do PC Engine, todas as faixas musicais são MIDI comuns em jogos de SNES, as músicas que eram de CD ficaram tão boas quanto embora tenham perdido qualidade no geral, as músicas que eram feitas com o chip FM do PC Engine estão bem melhores, não que eu não goste de som FM, longe disso, mas as versões em MIDI que colocaram aqui estão muito mais ricas. Temas de batalha são facilmente a maior melhoria, eram FM no PC Engine. A música de momentos decisivos, mesma situação. Só deram uma mancada, a música que tocava quando invadimos uma fortaleza inimiga no PC Engine não veio pro SNES, era uma das melhores faixas lá. 

Quer ouvir e comparar? 

AQUI e AQUI tem a OST do PC Engine 


AQUI tem a OST do SNES 


Os efeitos sonoros também foram refeitos e pra melhor. Nada contra os do PC Engine, eles faziam o trabalho deles mas aqui tá tudo muito melhor. Os sons das magias, principalmente, são infinitamente mais agradáveis. Algumas coisas que nem mesmo tinham som no PC Engine passaram a ter aqui. 

Considerando que estamos com um cartucho ao invés de um CD as vozes também devem ter ido embora também né? Bem, não necessariamente. Os diálogos falados nos momentos importantes ou nas cenas animadas obviamente foram removidos já que não caberiam. Mas ainda podemos ouvir o Atrushan ou a Tamryn chamando um pelo outro, por exemplo. 

O manual destaca o uso de vozes

Mas o jogo ainda tem mais vozes, dessa vez nos combates, bem parecido com o que Tales of Phantasia ou Star Ocean fazem. Todos os personagens gritam quando atacam, quando sofrem dano e etc. A Tamryn e outros personagens usuários de magia falam os nomes das magias agora e o Dragon Change do Atrushan é acompanhado de uma fala, no melhor estilo herói de tokusatsu kkkkkkkkkkkkkkkkkk 
Além disso, o jogo diz ter um sistema dinâmico de vozes nos combates, onde personagens falam coisas diferentes em determinadas situações. Por exemplo, se o Atrushan estiver próximo de inimigos e levar muito dano ficando à beira da morte, a Tamryn vai usar magias de cura nele, mas ao invés de dizer o nome da magia ela manda um “Atrushan no bakka!”. Também temos outros diálogos com outros personagens com situações assim. Eles são bem aleatórios, não é sempre que vamos ver um deles então fica legal. 
Defeitos nas vozes? Temos também. Apesar de terem mantido os dubladores do Atrushan, da Tamryn e do Ostracon (grande Kaneto Shiozawa) todo o restante dos personagens tiveram vozes mudadas, e da pior forma possível, vários personagens têm a mesma voz somente distorcida pra mudar um pouco o timbre. E as vozes são muito abafadas por conta da compressão.

Olha o passarinho

A parte sonora também não deixa tanto à desejar, a trilha sonora continua boa, os efeitos sonoros melhoraram, as vozes nos combates são legais mas da parte sonora é facilmente onde mais perdemos. Essas coisas custam muito espaço de armazenamento. Novamente digo que o jogo precisava de um cartucho um pouco maior… 
A experiência geral do jogo foi ok. Perdi um save mas não foi culpa do jogo, foi arquivo corrompido pelo PC desligando fora de hora e a bateria do nobreak me deixando na mão. Jogar no trabalho tem suas vantagens e desvantagens kkkkkkkkkkkkkkkkkk 
No geral não encontrei nenhum bug grande ou algo que quebrasse a experiência, só uma ocorrência curiosa aconteceu. Durante um combate, como não se pode atravessar por cima de outras unidades, amigas ou inimigas, um monstro congelou um personagem meu e se prendeu no canto da tela entre o meu personagem congelado e outro inimigo. A CPU nunca passa o turno e esse inimigo é do tipo que congela os outros e foge pra longe. Logo ele ficou lá parado e o jogo ficou no softlock. Aí você entende melhor porque eu digo que se tem save em qualquer lugar é bom salvar sempre né? 


Jogo completo... não é o meu...
Me falta o manual :-(

Esse jogo eu tenho na minha coleção desde os anos 90. Eu consegui comprar ele num sebo, não paguei nem 10 reais na época, já que ninguém dava muita atenção para RPG japonês. Ele veio sem o manual infelizmente… mas tá na coleção já. Procurando por anúncios não achei nada original no Brasil, via importação temos cartucho loose por 100 reais em média e completos na caixa à partir de 350 reais, sem considerar fretes e impostos. 
Pra você que não entende nada de japonês o jogo já ganhou tradução pro inglês feita por fãs, tanto que a maioria dos prints no texto são da versão traduzida. A tradução é bem completa e você pode jogar tanto no emulador quanto num console real com flashcart ou com cartucho reprô, inclusive é possível encontrar alguns para vender por valores diversos já com o jogo traduzido. 
Se você quer aquele desafio extra, Emerald Dragon do SNES tem o set de conquistas no Retro Achievements garantido. Observando aqui, o desafio é bem tranquilo, não pedem nada fora da curva para jogadores casuais. Confira o set do jogo clicando AQUI 


Página do jogo no RA

E se você não sabe o que é o Retro Achievements é uma boa ver esse vídeo AQUI 
Enfim estamos chegando no momento de perguntar. Qual é a melhor versão de Emerald Dragon entre PC Engine e SNES? Eu digo que a resposta depende de você, ambas as versões são boas, a experiência é diferente e igual ao mesmo tempo. Na minha preferência a versão de PC Engine é por um pouquinho só a minha favorita. Embora a versão de SNES tenha melhorado muita coisa eu fico com a de PC Engine por conta da história e das cenas animadas. Tem eventos ali que me impactaram no jogo e eu não gostei de como mudaram eles no SNES. 
Mas vamos fazer o seguinte, um resumo aqui e você pode decidir nos comentários qual você acha melhor. 


Livro ilustrado do jogo... queria...


Em história o PC Engine é mais fiel ao jogo original de 1989, mas o SNES mantém a maior parte dela embora mude como alguns eventos acontecem. 
Em jogabilidade o SNES dá um belo banho no PC Engine, o menu é milênios mais útil e organizado, porém a IA dos aliados controlados pela CPU ficou patética. 
Em gráficos o SNES leva vantagem no campo e principalmente nas batalhas, mas nas animações que eram um destaque desde a versão original do PC88 ele praticamente não tem nada a oferecer. 
Na parte sonora o SNES tem OST mais bonita mesmo sem CD e os efeitos sonoros são melhores, já o PC Engine ganha disparado na parte dos diálogos falados e as músicas ainda são muito boas. 
E aí já decidiu qual você prefere? Não esqueça de me dizer nos comentários. 

Para concluir então. Emerald Dragon já era bom no PC Engine, e continua bom no SNES. É um jogo diferente e ao mesmo tempo igual que pra mim valeu a pena jogar ambas as versões. E ainda digo mais eu jogaria ele de novo só que dessa vez eu iria pra versão definitiva das antigas, a do FM Towns. 
Até coloquei dois jogos da Right Stuff na lista pra jogar um dia. Quem sabe não aparece review por aqui. 

Eu me despeço deixando um spoiler do próximo review. Vai ser um dos melhores RPGs desconhecidos do SNES. Pensem aí e até a próxima.

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